Ainda que a pandemia não tenha acabado, as especulações em torno das atrações do Lollapalooza Brasil 2022 já estão firmes por aí e, como de costume, o Audiograma solta a sua listinha com alguns nomes que nos deixariam felizes na próxima edição do festival.
Desde 2016 que publicamos os nossos desejos e, modéstia a parte, temos uma certa sintonia com a organização do Lolla, já que nos acostumamos a cravar alguns nomes. Pensando em 2020, na edição que não tivemos, nomes como Charli XCX, Djonga, Idles, Kali Uchis e King Princess foram alguns dos que citamos e acabaram aparecendo no lineup final.
Pensando que – com a pandemia controlada – o festival acontecerá em pouco mais de seis meses, separamos 54 artistas que a gente gostaria de ver no Lollapalooza Brasil em março do ano que vem. Tudo em ordem alfabética, sem qualquer prioridade, mesclando nomes nacionais e internacionais.
Será que vamos acertar muitos nomes?
Alice Merton
Talvez você não tenha ouvido falar da alemã-canadense Alice Merton, mas duvido muito que você não tenha ouvido “No Roots” em alguma playlist por aí nos últimos anos. Após lançar o seu primeiro álbum, Mint, Alice foi quase uma figurinha carimbada no meio de campo dos festivais de pegada mais indie e combinaria bem com o Lolla, ainda mais com um novo trabalho de estúdio já engatilhado. [JP]
All Time Low
A banda – queridinha da galera pop punk saudosista dos anos 2000 – é uma bela aposta para o festival, já que nesse ano eles subiram ao palco da edição Chicago do Lollapalooza. Pensando no fato de que algumas atrações que aparecem no festival lá fora, possam integrar também o line up da edição brasileira, o All Time Low ganha uma grande chance de pisar em terras brasileiras. Os americanos lançaram recentemente o álbum Wake up, Sunshine, que obteve um bom retorno da crítica e contam com uma boa base de fãs no país, o que reforça as chances da banda integrar o line up do festival. [JS]
Ana Frango Elétrico
Nome expoente da música brasileira, Ana Frango Elétrico vem capturando corações desde o emblemático Mormaço Queima, lançado em 2018. Alcançando maturidade estética e sonora no sucessor Little Electric Chicken Heart, Ana vem entregando uma remessa de singles cada vez mais envolventes e é tiro certeiro para o gosto dos mais jovens e um beijo saudoso para a galera que ainda é apaixonada pelas baladinhas de Rita Lee — como mostra a forte influência da artista na faixa “Mulher Homem Bicho”. [BS]
Angus And Julia Stone
O duo de irmãos Angus and Julia Stone andavam meio sumidos, cada um com projetos paralelos à dupla. Eis que no fim de agosto, os fãs de indie pop foram presenteados com o seu quinto álbum de estúdio. Relembrando os primeiros álbuns de sucesso, Life Is Strange é um convite e tanto para revisitar o talento dos australianos que, em 2015, chegaram a fechar show no Cine Joia em São Paulo – apresentação que nunca aconteceu. Quem sabe agora eles não olham para os fãs brasileiros com o mesmo carinho que nos dedicamos aos streamings dos discos? [AFM]
Beabadoobee
O nome pode parecer complicado (a pronúncia é “biabadúbi”), mas o som é muito cativante! É uma mocinha asiática (filipina) radicada em Londres, Beatrice, que faz um som totalmente inspirado na virada do milênio, de 1999 a 2001, com grandes pegadas de indie e pop rock, mas bastante radiofônico. Ela só tem 21 anos, é compositora, dona de uma voz linda e angelical e as músicas são todas focadas em violão e guitarra, que ela toca muito bem. Eu particularmente gosto das músicas mais agitadas e pesadas dela, mas as acústicas e mais calminhas também são maravilhosas. Ela já está bem famosa na Europa e nos EUA e tem um grande sucesso conhecido no mundo inteiro: “death bed (coffee for your head)”, que com certeza você já ouviu mesmo sem saber que a música original era dela. Sim, esse mega hit é na verdade uma versão do rapper Powfu para “Coffee”, lançada por Bea em 2017(!). [BM]
Big Red Machine
Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa banda, nascida da parceria entre Justin Vernon, do Bon Iver, e Aaron Dessner, do The National — que já esteve no Lollapalooza Brasil em 2018 —, mas provavelmente já ouviu outro trabalho em que os dois estão envolvidos: folklore, da Taylor Swift. Apesar da parceria com uma das mais conhecidas cantoras pop do momento, não esperem nada muito pop da dupla: o Big Red Machine lançou recentemente How Long Do You Think It’s Gonna Last?, seu segundo álbum, que se apoia totalmente no folk melancólico e nas parcerias com artistas pouco conhecidos pelo público. [GC]
Billie Eilish
É inegável que o tom depressivo das músicas de Billie Eilish trazem conexões com a turma mais jovem e, ainda que a maioria das suas baladas revelem um clima mais sombrio, o palco de um festival como Lollapalooza é o local onde a jovem cantora de 19 anos deve estar. Com letras que estão na ponta da língua de todos e um carisma que cativa o público, seria incrível ver o público brasileiro pulando ao som das suas mais animadas faixas como “Bad Guy”, “Bury A Friend”, a nova “Oxytocin”, e algumas que possuem acordes mais pesados como “Happier Than Ever”. [YC]
Black Alien
Outro nome forte do rap nacional é o do Black Alien e, só pela sua história no gênero, já merecia aparecer no lineup de um dos grandes festivais brasileiros. Por todo o seu legado na música nacional, ver o Gustavo em Interlagos seria sensacional e uma bela forma de agradecimento pelos seus serviços prestados. [JP]
Black Veil Brides
Apesar das únicas vindas da banda ao país terem sido um pouco desastrosas, o Black Veil Brides se tornou uma opção atrativa para os festivais, após gerenciar suas crises entre os integrantes e voltar totalmente renovado. Apesar do último álbum de estúdio ter sido lançado de fato em 2018, a banda vem trabalhando e divulgando novas músicas, já como novo baixista, e tem agradado críticos e fãs mais exigentes. A vinda da banda a um festival como o Lollapalooza poderia ser positiva se o festival quisesse apostar em atrações mais voltadas ao metalcore e de quebra ainda ajudaria a banda a tirar a péssima impressão que teve do país em turnês passadas, além de dar uma segunda chance para a banda conquistar um público maior no país. [JS]
Charli XCX
A Charli XCX estava no lineup da edição que aconteceria em 2020 e, pensando que ela lançará um novo álbum em março, é um dos primeiros nomes que me vem à cabeça para o Lollapalooza Brasil. Relembrando de toda a expectativa criada em torno do nome dela quando foi anunciada, ainda em 2019, é certeza de acerto para o fim de tarde no Autódromo de Interlagos. [JP]
Courtney Barnett
Queridinha dos indies mais cults, a australiana Courtney Barnett chama atenção desde o começo de sua carreira, graças as melodias simples e letras divertidas. Prestes a lançar o sucessor do elogiado Tell Me How You Really Feel, Barnett tem shows agendados até o fim de fevereiro. Ou seja, a oportunidade de trazer o seu indie rock para o Brasil está aí. Só falta o Lolla cair! [JP]
Doja Cat
Doja Cat é totalmente mainstream, mas cativa por ser muito autêntica e versátil, excelente rapper e compositora, além de ótima cantora. Em algumas de suas músicas, parece que tem 3 artistas diferentes performando ali, mas na verdade é uma só, de tão talentosa que ela é. Sua mistura de pop e hip hop já estourou no mundo inteiro, faz muito sucesso na internet, tem vários hits de Tik Tok e milhões de visualizações em todos seus vídeos. Ela está em seu auge e faria todo sentido, portanto, investir em turnês internacionais que alcancem países mais distantes, como o Brasil. Além disso, a julgar pelas performances que fez recentemente em premiações na TV americana, ela não desaponta no ao vivo e faria um show excelente em Interlagos. [BM]
Drik Barbosa
Quer um nome feminino que tá fazendo bonito na cena nacional? Eu vos digo: Drik Barbosa. A cantora, conhecida por outros trabalhos como o grupo Rimas e Melodias, lançou em 2019 o seu primeiro – e belo – álbum. Drik não vem de hoje na luta e, por isso, tem experiência de sobra para subir ao palco no Lolla e fazer bonito. Muito bonito! [JP]
El Cuarteto de Nos
Vez ou outra o assunto “intercâmbio latino nos festivais” vem a tona e, provavelmente, essa é uma das grandes falhas do Lolla na minha humilde opinião. Uma troca de indicações com os irmãos latinos seria uma boa forma de prestigiar nomes dos países vizinhos. Digo isso para, mais uma vez, lembrar dos uruguaios do El Cuarteto de Nos que caberiam perfeitamente em um dos palcos de Interlagos. Com uma carreira extensa, trabalhos interessantes e um álbum saindo do forno, o momento parece ideal. Será que agora vai? [JP]
Emarosa
Assim como o You Me At Six, o Emarosa segue o mesmo caminho. Entre rumores e negociações para uma possível participação em alguma edição do festival, a banda estadunidense liderada por Bradley Walden teve seu último lançamento lá em 2019. Então o que faria uma possível participação da banda ser interessante, já que não existe um material recente? A resposta é simples: A banda está em estúdio para gravar seu sexto álbum e ele está previsto para 2022. Tendo em vista que o Emarosa teve uma ótima repercussão com seu último trabalho, seria uma boa oportunidade de conquistar o público brasileiro que ainda não os conhece, agradar aos fãs órfãos que esperam uma vinda da banda há anos e de quebra ainda apresentar as novas músicas. [JS]
FONTAINES D.C.
Um post-punk interessante e bem atual: isso é o FONTAINES D.C., banda de Dublin que chamou a atenção com o seu primeiro álbum, Dogrel, e se firmou como um nome interessante do rock com o A Hero’s Death. Para os roqueiros de plantão, músicas como “Sha Sha Sha”, “Big” e “Too Real” são uma boa pedida para se ouvir ao vivo… se tiver uma Lolla Party então, seria sensacional. [JP]
Foo Fighters
O Foo Fighters foi a banda que reabriu o Madison Square Garden, uma das mais conhecidas casas de show dos Estados Unidos. E faz tempo que eles não aparecem no Lollapalooza daqui. Então, por que não esperar que eles reabram um dos mais queridos festivais de música feitos no Brasil tocando seus covers de Bee Gees e seu disco novo? A boa notícia para os fãs da banda é que eles não tem shows agendados entre os dias 25 e 27 de março de 2022. Então, talvez realmente devêssemos criar esperanças e aguardar a presença deles nos palcos de Interlagos. [GC]
Garbage
Um fato: o Garbage está há mais tempo na estrada do que uma parte do pessoal que frequenta no Lollapalooza tem de vida. A vinda deles ao festival seria uma grande oportunidade para unir a geração nova e os fãs mais antigos em um só lugar. Shows assim sempre são legais! Além disso, No Gods No Masters é um disco sensacional que precisa ser tocado ao vivo. E acho que “Only Happy When It Rains” é uma música que deve ser cantada em coro, então ensaiem essa letra e torça pro Garbage vir para cá ano que vem. [GC]
HAIM
As irmãs HAIM estiveram presentes nas listas de artistas que gostaríamos de ver no Lollapalooza em 2020, 2019 e 2018, ou seja, qualquer um que acompanhe o Audiograma sabe que vamos continuar a insistir na presença delas no festival, na esperança de que alguém finalmente atenda o nosso desejo e nos permita ouvir as irmãs pregarem em Interlagos. [JP & GC]
Half Moon Run
Quem me conhece sabe: impossível não indicar o Half Moon Run nas minhas conversas sobre música, e ó, música boa! É que o trio merece, sabe? Donos de vocais e harmonias poderosas, a banda de Montreal lançou em junho mais um EP primoroso com direito a live homenageando o Brasil – sim, teve membro do grupo ovacionando Caetano Veloso – vem ft por aí? Bom, ainda não sabemos, mas de fato queremos que os donos do recente Inwards & Onwards pisem em terras brasileiras. E os caras já demonstraram que fazem gosto desta viagem. Agiliza aí, Lolla! [AFM]
HALFNOISE
Talvez o trabalho paralelo de Zac Farro (Paramore) não seja muito conhecido por nossas bandas, mas a verdade é que ele tem tudo a ver com a vibe do festival. Unindo ritmos como jazz, disco e uma pitada do indie já conhecido do After Laughter — o último disco de estúdio de sua primeira banda —, Zac encontraria terreno fértil para novos fãs e alçaria a divulgação de seu futuro álbum, ainda sem nome, durante o Lollapalooza. Quem sabe não rolaria alguns side-shows durante sua estadia em terras tupiniquins? [BS]
Halsey
Muitas coisas aconteceram desde a última passagem da Halsey pelo Lolla Brasil. Alguns álbuns, busca por novas sonoridades e até outros shows pelo país fazem parte do histórico da estadunidense nos últimos cinco anos. Talvez no ponto alto de sua carreira no quesito criatividade, a cantora lançou em agosto o seu quarto álbum, o roqueiro If I Can’t Have Love, I Want Power, e ele é um excelente trabalho para se ouvir ao vivo. Ainda que as chances sejam pequenas, já que o seu primeiro filho nasceu em julho, fica aqui a menção de um show que seria interessante de se ver. [JP]
Harry Styles
Que o Harry Styles é o artista da vez, disso ninguém duvida! Com dois discos primorosos e líder em vendas no Reino Unido, o ex-One Direction se mostra cada vez mais coeso em sua carreira, se distanciando de um passado pop despretensioso. Na atual Love On Tour, suas apresentações beiram o transe na plateia, com toques de soul e até psicodelia em algumas canções. Fato é: David Bowie estaria orgulhoso do garoto de ouro, visto que sua influência é inegável em imagem e som. E vocês já pensaram no Harry fechando uma noite de Lollapalooza? É para sonhar! [AFM]
Hayley Williams
Não, nada de Paramore! A própria Hayley Williams em seu projeto solo. Por si só o nome da artista já atrairia certo público — mas a artista (bem como os fãs!) merecem uma oportunidade de verem suas canções se sustentando no formato ao vivo, e que momento seria melhor para isso? Petals For Armor e Flowers For Vases / Descansos são dois álbuns incríveis que não deveriam ser restringidos apenas aos estúdios. Além disso, canções pra deixar o público numa bad dançante é o que Hayley sabe fazer de melhor. Desce “Dead Horse”! [BS]
IDLES
O IDLES já ganhou até uma pauta especial por aqui, e é a banda de rock queridinha de muita gente na atualidade. Por isso, pensar na presença do quinteto inglês em terras brasileiras não se torna tão improvável – aliás, eles estavam confirmados no Lollapalooza 2020, aquele que nunca existiu. Então, não custa torcer e confiar. [RS]
Iggy Pop
Um nome da velha guarda e que é capaz de entregar um show incrível no Lolla. Esse é Iggy Pop e eu não vou me cansar de pedir a sua volta ao país. Seja no Lolla, no Rock In Rio, no Popload ou até no inexistente Audiograma Festival. Com a sua última visita completando seis anos, já está na hora de uma volta, né? [JP]
Imagine Dragons
O Imagine Dragons adora o Brasil: eles fizeram um show incrível no Lollapalooza de 2018, já estiveram aqui muitas vezes antes e até mesmo afirmaram que o país teve um papel importante no processo de cura do grupo. Por isso, ninguém vai ficar surpreso (ou reclamar, afinal, o Brasil também adora o Imagine Dragons) se eles tocarem as músicas de seu disco no Lolla 2022. [GC]
Jade Bird
Outro nome interessante da cena britânica, Jade Bird lançou neste ano o seu segundo álbum de estúdio. Após o sucesso de seu trabalho de estreia, a jovem chega com o gostoso Different Kinds Of Light, guiado pelo indie folk mas com belas e marcantes guitarras. O álbum combina tanto com um fim de tarde ensolarado no Palco Onix que eu já estou pronto para cantar “Open Up The Heavens” ou “I Get No Joy” em um dos dias do festival. [JP]
James Bay
Assim como o Half Moon Run, o inglês James Bay precisa vir ao Brasil. Isso porque Bay possui um dos álbuns mais requintados do british pop da última década. Chaos and The Calm mostra que além de ser um excelente músico, ele também é um showman por onde passa. E já está na hora do britânico mostrar todo o seu talento em palcos tupiniquins. [AFM]
Kacey Musgraves
Kacey estava confirmada para o Lolla de 2020, que foi cancelado por conta da pandemia. Agora nos resta torcer para que ela continue na programação, já que a turnê de lançamento de seu novo disco nos EUA pode acabar conflitando com as datas daqui. E, cara, que lindo seria ver um show dela… vou explicar por quê! A texana conseguiu romper a barreira entre a música country e o pop e conquistou o prêmio Grammy para melhor álbum do ano em 2018, com Golden Hour, seu quarto disco de estúdio (que realmente é excelente, vale escutar). Desde então, após três anos de muito sucesso e reconhecimento, turnês, trilha sonora da Disney (Frozen 2), a pandemia e um divórcio, ela volta com um trabalho ainda mais alternativo e heterodoxo, star-crossed, lançamento que reúne disco de inéditas e filme. O disco foi lançado agora em setembro e já chegou chegando, ficando no top 3 da Billboard. Kacey se distanciou dos clichês do country para fazer uma coisa mais artística, mas sua essência continua ali, mostrando que é uma excelente cantora e que sua técnica vocal só melhorou com o tempo, assim como a complexidade e riqueza de suas composições (ela escreve tudo e também toca alguns instrumentos, vale frisar). Com tanto talento e um lançamento quentinho, seria legal demais termos a artista em um dos maiores festivais do Brasil, sem termos que esperar meses ou anos até ela se apresentar por aqui. Afinal, já cansamos de ficar sempre “atrasados” com as turnês do hemisfério norte. Vem, Kacey! [BM]
Kali Uchis
A artista colombiana estava confirmada para a edição 2020 do Lolla, que foi cancelada por conta da pandemia. Quando o festival foi reagendado para 2022, ela teve que cancelar sua participação por conta de conflitos de agenda, já que tinha outros shows marcados nos EUA, onde mora, para as mesmas datas. Uma pena, porque Kali Uchis é uma das melhores cantoras da nossa geração e uma artista completa, compositora, diretora, responsável também por toda a estética de seu trabalho, que é um espetáculo à parte. Kali faz como ninguém uma atualização de música antiga, incluindo jazz, bossa nova, MPB, bolero, salsa e cumbia com reggaeton, pop, hip hop e demais estilos atuais (até indie) em um trabalho único, muito autêntico e rico. Uma pessoa que realmente é apaixonada por música e arte e que se entrega de corpo e alma em tudo que faz. Eu queria muito ver o show dela e lamento profundamente por não estar vindo mais pro Lolla. Quem sabe em 2023, né. [BM]
Lana Del Rey
A Lana Del Rey era uma das mais esperadas atrações do Lollapalooza-que-nunca-aconteceu. Desde então, ela lançou um livro, um disco, prometeu e descumpriu algumas vezes a data de um novo álbum e está finalmente pronta para lançá-lo. É certeza que ela vai continuar arrastando multidões de fãs hipnotizados por sua música e pelas novidades trazidas pela sua persona em 2022. [GC]
Lauren Jauregui
Ex-integrante do Fifth Harmony, Lauren Jauregui já esteve no Brasil tanto com seu antigo grupo quanto como show de abertura de uma das passagens de Halsey pelo país. Sua vinda ao Lollapalooza em 2022 seria uma ótima oportunidade de mostrar as músicas de seu novo projeto, que será lançado em outubro, e sua habilidade como artista solo. [GC]
Lil Nas X
Depois de “Old Town Road”, que foi um enorme hit mundial mas não foi levado tão a sério, o cantor/rapper voltou com “MONTERO (Call Me By Your Name)” e explodiu. Finalmente reconhecido nos EUA como um artista completo e cheio de conceito, fez um dos melhores discos de 2021, continuou suas parcerias de peso (Miley Cyrus, Doja Cat, Megan Thee Stallion), apresentações históricas em prêmios e programas de TV, várias polêmicas do tipo “quebrando o tabu”, como um ensaio de fotos grávido e seus videoclipes fazendo pole dance e subvertendo os maiores ícones de masculinidade estadunidense, como atletas de futebol americano, com cenas de sexo gay e está no que parece ser o auge de sua carreira. Seria lindo vê-lo no palco de um grande festival, portanto, no país em que Bolsonaro é presidente e onde mais se mata homossexuais e travestis no mundo. Lil Nas X representa totalmente os tempos em que vivemos, como bem diria Nina Simone, e vê-lo em destaque é um grande sinal de representatividade, além de um gigantesco “foda-se” a toda intolerância e preconceito que ainda insistem em existir. [BM]
Lorde
Lorde pode até ter anunciado uma turnê por seu país de origem, pela América do Norte e pela Europa, mas ela ainda não tem nenhum show agendado nos dias que o Lollapalooza vai acontecer aqui no Brasil. E ela tem uma tradição de vir para cá toda vez que lança um disco: foi o que aconteceu no Lollapalooza 2014, quando ela havia lançado o Pure Heroine, e em 2018, na turnê do Melodrama. Talvez essas datas vazias sejam um sinal de que teremos a fase Solar Power no Lollapalooza Brasil em 2022? [GC]
Maggie Rogers
É fato! Passou da hora de Maggie Rogers desembarcar em solo brasileiro. E motivos tenho de sobra: a ruivinha é talento nato e todo seu empoderamento pode ser encontrado no primoroso Heard It In A Paste Life e no mais recente Notes from the Archive: Recordings 2011-2016. Perfil para Lolla ela tem, e para desencantar também. [AFM]
Måneskin
Se você não estava em uma bolha no último ano, provavelmente você já deve ter ouvido “Beggin’”, canção originalmente gravada pelo The Four Seasons em 1967, e que ganhou uma versão feita pela banda italiana, versão essa que viralizou nas redes sociais, em especial no TIKTOK. Apesar de muitos terem conhecido a banda através das redes sociais, não é de hoje que o Måneskin vem quebrando paradigmas e dividindo opiniões. A banda vencedora do 71° edição do Festival de SANREMO e consequentemente da 65° edição da Eurovision, ganhou fama lá em 2017, após participarem da versão italiana do The X Factor, faturado o segundo lugar. Apesar da classificação no concurso, a banda ganhou um contrato com a Sony Music e gravou seu primeiro EP. Bem, o resto da história vocês já devem imaginar. Após viralizar nas redes sociais a banda se tornou um fenômeno mundial e pensando no fato de que o Lollapalooza gosta de novidades, a vinda do Måneskin poderia ser um grande trunfo para o festival. [JS]
Manic Street Preachers
Cumprindo a cota de artistas velhos que ninguém ouviu falar da lista, o Manic Street Preachers seria um daqueles nomes “soltos” do lineup do festival que mais me deixaria feliz. Seja pela sua qualidade ou só pela minha vontade pessoal de ver a banda galesa, sempre penso que eles seriam um nome interessante no lineup e deixariam algumas pessoas bem realizadas em Interlagos… mesmo que tivesse que subir no palco por volta de uma da tarde. [JP]
Normani
Com artistas como Beyoncé e Cardi B entre seus fãs, Normani — que já esteve no Brasil três vezes durante sua passagem pelo finado Fifth Harmony — é a dona de ótimos singles, clipes bem trabalhados e apresentações espetaculares, como a feita no VMA deste ano. Apesar de não ter muitas músicas solo em sua carreira (ou previsão de quando novas serão mostradas ao público), podemos sonhar com essa vinda assim como os fãs sonham com o lançamento do disco de estreia da cantora. [GC]
Olivia Rodrigo
A estrela da Disney Olivia Rodrigo tomou conta das discussões dos fãs de música esse ano com o lançamento de “drivers license” (e os recordes batidos pelo seu single de estreia), de seu primeiro disco, SOUR, e as comparações entre “good 4 u” e “Misery Business”. Agora, eu realmente espero que ela tome conta de um dos palcos do Lollapalooza em 2022. Afinal, nada melhor do que ouvir as reclamações (impressionantemente relacionáveis) de uma adolescente para encerrar um dia de shows. [GC]
Pabllo Vittar
Um dos maiores nomes da música brasileira no momento, Pabllo Vittar tem a grande oportunidade de levar o tecnobrega e o forró para os palcos do Lollapalooza com as músicas de seu novo disco, Batidão Tropical — que exalta a música do Norte e do Nordeste brasileiro. Pabllo também estava no lineup de 2020, então, por que não esperar por ela no próximo ano? [GC]
Placebo
Aparentemente, os ingleses do Placebo estão trabalhando em seu novo álbum de estúdio (que tinha previsão para ser lançado no início de 2021), então vir ao Brasil e tocar no Lollapalooza é uma oportunidade única de tocar novas músicas para o público — ainda mais porque eles não aparecem por aqui desde 2014. Vamos esperar que a experiência do último show em São Paulo não se repita e a banda não se importe com os celulares apontados para eles dessa vez. [GC]
Playboi Carti
Desde o sucesso com o megahit “Magnolia”, o rapper Playboi Carti conquistou uma das fanbases mais fiéis do hip-hop. Ao mesmo tempo, Carti construiu uma reputação com suas apresentações ao vivo, sempre enérgicas e performáticas. Agora, com a turnê de divulgação de Whole Lotta Red, quem sabe o cantor não aparece como um dos confirmados do Lolla 2022? [RS]
PVRIS
Outra ótima banda alternativa que vem lançando bons trabalhos, mas que também passou por crises com seus integrantes é o PVRIS. Após o afastamento do guitarrista por denúncias de assédio sexual (denúncias essas que também foram motivo para a expulsão do baixista do Black Veil Brides), o PVRIS seguiu e vem lançando boas músicas, sempre contando histórias interessantes. Lembrando que a banda já participou de edição anterior do festival e teve grande destaque ao abrir os shows da turnê do Muse, eles também têm uma base de fãs considerável e nunca vieram ao país. Esses fatores poderiam ser uma boa oportunidade tanto para eles, quanto para edição brasileira do festival.[JS]
Silk Sonic (Bruno Mars e Anderson .Paak)
A parceria entre Bruno Mars e Anderson .Paak é tudo o que a gente mais precisava e não sabia! Depois de um período bem horrível de pandemia, o mundo ganhou esse presente que foi a união de dois dos melhores músicos da nossa geração — e, arrisco dizer, de todos os tempos! Honrando a tradição da música negra estadunidense, principalmente soul e R&B, eles se juntaram com uma banda da pesada, criaram o projeto Silk Sonic e lançaram, em abril de 2021, o meteoro “Leave the Door Open”, que virou hit instantaneamente. O som tem sim uma pegada bem retrô, mas agrada gregos e troianos e não soa datado ou cópia de algo já feito antes, apenas classudo — e ao mesmo tempo sexy, envolvente, dançante. O nome da banda, aliás, foi escolhido por ninguém menos que Bootsy Collins, uma lenda viva do funk e da black music americana. Em julho, a dupla lançou seu segundo single, “Skate”, que fez menos sucesso comercial mas manteve a qualidade e o estilo do trabalho anterior. O lançamento do álbum cheio do projeto, já tão aguardado, está programado para o começo de 2022 (e já tem até título: An Evening with Silk Sonic). O som deles é coisa fina, eles são excelentes performers em suas carreiras solo e também fazem bonito ao vivo quando juntos (já deu pra ver nas recentes apresentações que eles fizeram na última edição do Grammy e nos prêmios iHeartRadio e BET). Além disso, o projeto é uma novidade, vai ter disco novo no ano que vem, então faz todo sentido embarcarem em turnê mundial se apresentando no Lolla! Que a pandemia permita, oi Deus sou eu de novo, nunca te pedi nada etc. [BM]
Sound Bullet
Ver a Sound Bullet no Lollapalooza seria o fechamento de um ciclo quase perfeito para a banda carioca. No ano passado, o quinteto lançou o elogiado Home Ghosts, se consolidando como um dos bons nomes do rock nacional. A sua mistura de indie rock, post-punk, rock alternativo e math rock funcionaria bem em um dos palcos dos festival. [JP]
Tássia Reis
Dona de um dos melhores álbuns nacionais de 2019, Tássia Reis é outro nome feminino nacional que merece destaque. A rapper já merecia ter entrado na lista do festival em 2020 e, falando sobre racismo, feminismo e estimulando o ouvinte que ainda é marginalizado pela sociedade, é um nome necessário em um evento que prega a diversidade. E pela boa música, claro! [JP]
The Distillers
A banda de punk rock liderada pela diva Brody Dalle voltou à ativa em 2018, para delírio dos fãs, e segue fazendo shows nos EUA e na Europa conforme o permitido pela pandemia. Seria lindo vê-los agitando o Lolla, fazendo o autódromo entrar no bate cabeça. Afinal, com o avanço da vacinação, eles já estão aparecendo como headliners de vários festivais gringos, continuam em ótima forma e têm em sua bagagem muita experiência de palco, incluindo o show histórico no Reading Festival de 2004 (vale procurar no YouTube. É uma aula de show de rock). [BM]
The Hives
Reza a lenda que o The Hives está com um álbum engatilhado e pronto para sair. Não se sabe quando, mas isso já transformaria a banda sueca em um nome excelente para o festival. E mesmo que não tenha álbum, só por toda a energia que a banda consegue colocar em um palco (e que o Lolla já viu de perto), colocar a banda em meio as suas 70 atrações seria sensacional. [JP]
The Subways
O power trio inglês de rock é famoso por fazer shows muito marcantes e enérgicos em festivais e nunca tocou no Brasil, o que é um absurdo sem tamanho. Por isso, o Lolla poderia trazê-los para fazer essa reparação histórica e oferecer aos fãs brasileiros um momentinho de felicidade, que tanto estamos precisando. A formação original, que tocou junta por quase 20 anos, mudou recentemente com a saída do baterista Josh, irmão do vocalista e guitarrista Billy Lunn. Em seu lugar, entrou a excelente baterista Camille Phillips, que toca em vários projetos, com destaque para a banda punk só de mulheres Ramonas. Completa a banda a baixista e vocalista Charlotte Cooper. Eles já estão tocando no Reino Unido e na Europa, fazendo parte de line-ups de festivais e também em uma turnê própria especial, comemorativa dos 16 anos de lançamento de seu álbum de estreia, Young For Eternity, que contém seu maior hit, “Rock’n’Roll Queen”. Era pra ser uma turnê de 15 anos, mas a pandemia não deixou. Bem que o Lolla podia aproveitar a atividade deles e esticar uma perninha latinoamericana aí. Seria meu sonho. [BM]
Tyler, the Creator
Quando pensamos em Tyler, the Creator e Lollapalooza, é impossível não lembrar do cancelamento na edição de 2018 – impossível também de ser superado. Entretanto, em um dos momentos mais ativos e brilhantes da carreira (o disco CALL ME IF YOU GET LOST que o diga), uma vinda de Tyler, the Creator não apenas soa como necessária, como também bastante possível. [RS]
Violet Soda
Uma banda brasileira de rock que tem uma mulher como líder e que flerta com a era de ouro do pop punk e do emo que tanto fez sucesso e que está ganhando um retorno nostálgico puxado até por novos ídolos do pop geração Z, como Olivia Rodrigo, merece estar no Lolla. Os integrantes são músicos experientes e excelentes, já fizeram bonito em festivais lotados e estão angariando fãs por todo o país e até mesmo no exterior desde o primeiro single. Já abriram pra Pitty, já tocam no rádio, já têm apoio e patrocínio de grandes marcas (de tênis a amplificador), já gravaram até um acústico e o show é impecável. A vocalista Karen, que também é guitarrista e a principal compositora da banda, é uma explosão no palco e merece destaque à parte. Resumo da ópera: eles estão mais do que prontos e merecem demais esse reconhecimento de tocar em um dos maiores festivais de música do Brasil. [BM]
WILLOW
lately I feel EVERYTHING é um dos melhores discos lançados em 2021 e ninguém pode negar isso. Ter WILLOW tocando sua mistura de punk e pop em algum dos palcos do Lollapalooza 2022 seria uma experiência inesquecível para o público. Talvez, se Jaden Smith for confirmado no lineup como foi em 2020, ele possa incentivar a irmã a vir para cá também. [GC]
You Me At Six
A novela para uma possível vinda da banda de rock britânica ao festival continua. Em 2019 houve rumores de uma possível participação da banda no Lollapalooza Berlim, mas ao que tudo indica, ficou só no rumor mesmo. O You Me At Six lançou o ótimo álbum SUCKAPUNCH em julho desse ano, e teve um retorno muito positivo da crítica e dos fãs. Seguindo a linha de bandas como o Bring Me The Horizon, que já veio a uma edição brazuca do festival, os britânicos continuam sendo uma boa aposta, se o festival tiver interesse em explorar as bandas não tão conhecidas por aqui, mas que fazem grande sucesso em festivais mundo afora. [JS]
Quer saber mais sobre a próxima edição do Lollapalooza Brasil? Então a gente já te convida a ficar de olho em nosso super especial aqui no Audiograma com todas as informações importantes sobre o festival.
Textos: Ana Flávia Miranda, Bárbara Monteiro, Bárbara Silva, Gabrielle Caroline, John Pereira, Jullie Suarez, Rahif Souza e Yuri Carvalho.