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Review: Lady Gaga – ARTPOP

ARTPOP é o terceiro álbum de estúdio da Lady Gaga, lançado em novembro de 2013. Aqui, ela explora arte, cultura pop e tecnologia, apresentando uma sonoridade eletrônica abrupta e frenética, característica presente de forma mais discreta até então em suas obras anteriores.

O álbum teve um lançamento um tanto quanto controverso, dividindo opinião de alguns fãs e críticos. Hoje em dia o disco é considerado uma das melhores obras da GAGA, sendo referenciado em diversas outras produções de artistas Pop.

A ideia de Lady Gaga coloca o pop em um ponto em que jamais havia chegado. Eu, particularmente, gosto de visualizar ARTPOP como o mais perto que a música pop atual chegou da arte em sua forma mais agressiva de beleza. Apesar do lançamento conturbado e a interrupção da turnê (prometo me aprofundar mais sobre isso em breve), o disco até hoje colhe bons frutos. Em meu ponto de vista o publico massivo não estava pronto para tamanho salto que Gaga deu em sua carreira, mas o tempo foi responsável por inocentar Lady Gaga.

Som por som, faixa por faixa ou se preferir, Track by Track:

Aura: A faixa de abertura é uma mescla de elementos de música eletrônica e música do mundo. “Aura” apresenta um ritmo frenético, com batidas energéticas e transições de voz mais agressivas. A música transmite a mensagem de autoafirmação e poder, apresentando Gaga no papel de uma figura misteriosa e enigmática.

Venus: Com uma batida pulsante e sintetizadores marcantes, “Venus” é uma faixa que celebra o amor e a sexualidade. A música possui referências mitológicas e cósmicas, e sua produção exuberante destaca a veia artística ousada da Gaga.

G.U.Y.: Esta faixa é um acrônimo para “Girl Under You” (Garota Sob Você), e a canção fala sobre poder feminino e sobre as dinâmicas em relacionamentos. A música apresenta uma mistura de pop e EDM, com letras sugestivas e um refrão bem pop.

Sexxx Dreams: Uma das faixas mais provocativas do álbum, “Sexxx Dreams” explora fantasias sexuais e desejos pessoais. A música destaca a habilidade de Gaga em criar ambientações envolventes e transições de tirar o fôlego.

Jewels N’ Drugs: A primeira colaboração de Lady Gaga com artistas de hip-hop, “Jewels N’ Drugs” conta com as participações de T.I., Too $hort e Twista. A música explora uma sonoridade mais urbana e apresenta uma abordagem diferente do som usual de Gaga, misturando elementos de hip-hop e música eletrônica, apesar de parecer desconectada do restante do disco, dentro de um contexto de continuidade a faixa se encaixa perfeitamente.

MANiCURE: Com uma energia ANORMAL, “MANiCURE” é uma faixa pop-rock que exala sua confiança. A música fala sobre expressar-se livremente e aceitar os altos e baixos da vida.

ARTPOP: A faixa-título do álbum é uma celebração da cultura pop, da fama e da arte. Ela explora a relação entre o artista e o público, abordando temas como a necessidade de se expressar criativamente. Todas as performances ao vivo da faixa são uma obra de arte. Um dos pontos de destaque é sua frase final, que virou tatuagem em muitos fãs (Inclusive em mim… risos).

Swine: Uma faixa poderosa e intensa, “Swine” trata de superar experiências traumáticas e encontrar força interior. A música apresenta uma mistura de rock e música eletrônica, com vocais emotivos da Gaga. A canção chegou a gerar muita polêmica na época de sua divulgação devido a cantora utilizar práticas não tão convencionais em cima do palco. De toda forma, polêmica ou não, essa é uma das faixas mais “cruas” da carreira dela.

Donatella: Inspirada na designer de moda Donatella Versace, a música é uma homenagem ao mundo da moda e ao luxo. Ela apresenta um refrão MARAVILHOSO e batidas eletrônicas, além de letras que exaltam a confiança e a autoestima. A faixa é oficialmente a melhor música para seu momento skincare noturno.

Fashion!: Com um estilo mais retrô e influências da música dos anos 1980, “Fashion!” é uma faixa animada que celebra a moda e a individualidade. É uma música divertida e empolgante, mas fica extremamente deslocada das demais produções do disco.

Mary Jane Holland: Gaga explora a temática da maconha usando a figura fictícia de Mary Jane Holland para personificar a erva. Bom, sem muitos comentários, pois aqui estamos simplesmente ouvindo o melhor refrão de uma música pop. É EXPLOSIVA.

Dope: Uma balada emocional e vulnerável, “Dope” mostra a voz poderosa de Gaga acompanhada por um piano. A canção fala sobre lutar contra vícios e se libertar de dependências, a canção marca o momento inicial da finalização da narrativa do disco.

Gypsy: Encerrando um ciclo emocionando muito, “Gypsy” é uma música sobre viajar pelo mundo e buscar o amor e a liberdade. Com uma melodia nostálgica e letras apaixonadas, é uma faixa que ressoa com muitos fãs.

Applause: Talvez o maior sucesso comercial do álbum. A faixa que apresentou ao mundo o universo de ARTPOP tem versos intensos e uma mensagem que amarra muito bem a ideia do disco. Com um refrão bem chiclete foi o pontapé inicial em uma viagem ao mundo artístico psicológico da obra.

Por fim, quando falamos de ARTPOP nós deparemos com um projeto ambicioso e artístico que explora temas de liberdade, amor, sexualidade e auto expressão. Com uma mistura de gêneros musicais e letras pessoais, Lady Gaga entrega um trabalho que reflete sua originalidade e criatividade como artista, sendo o ápice de sua arte. O álbum conquistou uma base sólida e refinou sua base de fãs, adicionando mais um capítulo significativo à carreira de uma das maiores artistas do século XXI.

Free my mind, ARTPOP You make my heart stop

Lady Gaga – ARTPOP

Lançamento: 6 de novembro de 2013.
Gravadora: Interscope Records.
Gênero: EDM, synth-pop, pop.
Produção:Lady Gaga, Infected Mushroom, will.i.am, David Guetta, Hugo Leclercq, Nick Monson, Rick Rubin, DJ White Shadow, Zedd, Giorgio Tuinfort, Dino Zisis.

Faixas:
01. Aura
02. Venus
03. G.u.y.
04. Sexxx dreams
05. Jewels n’ drugs
06. Manicure
07. Artpop
08. Swine
09. Donatella
10. Fashion.
11. Mary jane holland
12. Dope
13. Gypsy
14. Applause.