Quais os artistas que fizeram bonito em 2018 no mundo da música?
Essa talvez seja a grande pergunta e que, provavelmente, geraria respostas das mais diversas possíveis. Muito por isso, 2018 marca a volta da nossa lista de revelações do ano, já que muita gente boa surgiu ao longo do ano e mostrando trabalhos bem interessantes.
No entanto, tem muito artista já conhecido que mandou bem em 2018 e é deles que a gente vai falar agora. No quinto capítulo do nosso #LISTÃO2018, é hora de falar daqueles que foram destaques com os seus trabalhos em estúdio ou ao vivo.
A nossa equipe se reuniu e separou mais de sessenta artistas que fizeram bonito na música em 2018, no mainstream e também na cena independente, seja lançando um álbum, dando um novo direcionamento para a carreira, arrastando o público por onde passa ou dando aquela volta por cima que todos os fãs esperavam.
E aí, tá pronto para mais uma lista?
# A carreira internacional de Anitta
Muito se questionou a Anitta em 2018 – sobretudo por questões não relacionadas com a música -, mas não se pode negar que ela batalha, é inteligente e talentosa naquilo que faz. Só neste ano nos brindou com “Medicina”, talvez uma das melhores músicas de sua carreira, e um EP com três faixas que conta com a boa “Veneno”.
A cantora se firmou no mercado latino e a cada ano vai caminhando de forma consistente em sua carreira. O trabalho é impecável, com clipes bem feitos e músicas que ficam na cabeça. Isso sem contar nas presenças VIP, né? Nesse ano, participou do EMA, ganhou prêmio e ainda entregou um award nas mãos de Nicki Minaj.
Como diria Galvão Bueno, Anitta é o Brasil na música pop mundial… então: Go, Anira!!!
# A cena independente brasileira segue muito bem
Esse tema já foi destaque em nossa lista no ano passado, mas é sempre bom voltar a destacar a eferverscência da cena musical independente no Brasil. Se o ano passado já tinha rendido muita coisa boa, 2018 foi mais além nos brindando com excelentes trabalhos de revelações ou nomes já conhecidos dentro da cena independente.
Como não elogiar os álbuns de estreia da Duda Beat, da Maria Beraldo, das bandas Teto Preto, Mulamba ou do trio curitibano Tuyo? Dá para deixar passar batido os novos álbuns da Pense, da El Efecto ou os excelentes álbuns lançados pela Luiza Lian e pelo Carne Doce? Ainda tem os trabalhos lançados no ano pelo Bike, The Outs, Miami Tiger, Wiseman, Leonardo Marques, Catavento, Ventre, Riviera, Elízia… acho que deu pra entender aonde queremos chegar, né?
Se esse foi mais um ano onde você deixou a cena independente brasileira de lado, ainda dá tempo de corrigir. Até porque, quem está perdendo com isso é você!
# A família Carter falando de amor, conquistas e conquistando ainda mais!
O que falar do casal Beyoncé e Jay-Z, não é mesmo? Uma turnê extremamente lucrativa e um álbum simplesmente incrível deram o tom para os Carters em 2018. Segundo o Pollstar, a On The Run II arrecadou cerca de US$ 254 milhões com as suas apresentações em 2018, num total de mais de 2 milhões de ingressos vendidos.
Só isso já valeria uma presença nessa lista, mas o casal ainda resolveu lançar um álbum surpresa: EVERYTHING IS LOVE fecha um ciclo pessoal de Beyoncé e Jay-Z começado com o Lemonade (2016) e que teve sequência no ano passado com o 4:44. O álbum tem fúria, tem romantismo e tem os dois mostrando a sua reflexão sobre tudo o que conquistaram ao longo da carreira e que os colocaram no topo da indústria musical na atualidade, sem deixar de pensar no futuro.
Pensa que acabou? Então eu te lembro que Beyoncé ainda foi headliner do Coachella esse ano, fez uma apresentação memorável no festival, levou o marido e a irmã Solange para o palco e ainda se reuniu com as antigas companheiras do Destiny’s Child. Que ano para a Beyhive, hein?
# A representatividade feminina na música
Diga o que quiser: o ano de 2018 foi das mulheres na música e isso é maravilhoso. A maioria absoluta dos hits que embalaram o ano tiveram os seus versos entoados por mulheres. Muitos trabalhos incríveis foram lançados neste ano por mulheres e é muito bom ver as minas com mais espaço e visibilidade.
Com trabalhos incríveis, nomes como Janelle Monáe, Elza Soares, Mahmundi, Anelis Assumpção, Ariana Grande, Gal Costa, Teyana Taylor, Alice Caymmi, Ava Rocha, Courtney Barnett e Julia Holter abordaram diversos assuntos importantes, mostraram a força feminina e tudo isso merece ser exaltado. Isso sem contar nas turnês bem recebidas de nomes como Dua Lipa, Halsey e Katy Perry, para citar algumas que arrastaram o público por onde foram em 2018.
Ainda que a luta esteja longe de terminar, é bom ver que as mulheres estão, aos poucos, conseguindo dizer o que querem sem as amarras de uma sociedade que nunca pregou pela igualdade de gênero.
# Camila Cabello e a sua afirmação solo
Vários nomes se sobressaíram em 2018, mas a gente precisa falar sobre a afirmação de Camila Cabello dentro da música Pop.
Após preparar terreno para o seu debut solo, a ex-integrante do Fifth Harmony lançou em janeiro o álbum Camila e, para a alegria de todos, o disco não ficou restrito ao hit “Havana”. O registro é ágil e capaz de prender a atenção desde os seus primeiros acordes. É simples e direto naquilo que se propõe, mostrando que a cantora realmente tem algo a oferecer para a música pop atual.
Trabalhando ao lado de bons nomes e exercitando a sua liberdade, Camila pode até não apresentar algo de novo para a música, mas é o resultado de uma exploração por um mundo novo para a cantora. Mundo esse no qual ela deu um interessante primeiro passo e que se confirmou com uma turnê bem interessante ao longo do ano, seja solo ou ao lado de Taylor Swift.
# Kali Uchis estourou e quem ganha com isso é a gente!
A Kali Uchis não é necessariamente um nome novo no mundo da música. Com 24 anos, a cantora colombiana está na estrada desde 2012 lançando uma mixtape e um EP antes de seu primeiro álbum, que saiu em abril. Se a expectativa já era boa, Isolation chegou e cumpriu o que se prometia.
Aclamado pelo público e pela crítica, singles como “After the Storm” e “Just a Stranger” ajudaram a consolidar o trabalho, que figurou nas listas de melhores álbuns do ano da Pitchfork, NPR, Billboard, The Guardian, Dazed, Stereogum, Spin e, sem querer soltar spoiler, também estará na lista que o Audiograma publicará na próxima sexta-feira.
# Kanye West e o seu ano de muito trabalho
Kanye West é polêmico e se envolveu em várias tretas ao longo de 2018, mas a gente não vai falar disso porque ele também produziu muita coisa interessante no ano.
Em junho, mês em que o rapper completou 41 anos, ele esteve diretamente envolvido em uma série de lançamentos. West produziu os novos trabalhos de Pusha T (Daytona), Nas (Nasir) e Teyana Taylor (K.T.S.E.) e ainda lançou um registro solo, o interessante ye, e também um álbum colaborativo com Kid Cudi, num projeto chamado Kids See Ghosts. Ainda teve single solto em agosto, parceria com Lil Pump em setembro e colaborações com 6ix9ine e XXXTentacion.
Todos os cinco álbuns nos quais ele se envolveu são bem interessantes e mostram um lado ainda cativante de Kanye West. Pena que as polêmicas ganharam mais holofotes ao longo do ano.
# Lady Gaga e sua habilidade para fazer qualquer coisa
Um dos grandes sucessos do cinema em 2018, A Star Is Born confirmou o que todos os fãs de Lady Gaga já sabiam: o talento dela transcende e não encontra barreiras.
De questionada por muitos a aclamada e premiada pela crítica, a jornada da cantora com o remake de Nasce Uma Estrela mostra o quanto ela está preparada para qualquer desafio. Ela já cantou pop, já teve a sua era conceito, já gravou jazz, flertou com o country e agora mergulha de cabeça numa atuação interessante e que pode lhe render um Oscar.
Se isso não foi um bom ano, não sabemos o que seria!
# Nicki Minaj deu as cartas no rap em 2018!
Você pode falar de Drake, Post Malone ou outros rappers, mas se teve uma pessoa que deu as cartas no gênero em 2018, essa foi a Nicki Minaj. Com um interessante Queen, a norte-americana monopolizou as atenções em torno do álbum, quebrando recordes e mostrando a sua relevância na indústria musical.
Minaj ainda aproveitou para deixar claro que qualquer mulher com convicção e confiança na indústria fonográfica acaba se tornando alvo de boicote, visitou o Brasil para fazer um show fechado em São Paulo, fez várias colaborações (como de costume) e ainda tirou um tempinho para tretar com Cardi B e transformar a relação delas em um verdadeiro reality show.
Que mulher, não é mesmo?
# O Gang Of Four segue relevante (e importante)!
O Gang of Four surpreendeu positivamente em 2018, tanto ao vivo como em estúdio.
De surpresa, a banda deu as caras no Brasil para pequenas apresentações e mandaram muito bem ao vivo na sua passagem pelo SESC Pompeia. Apesar dos novos integrantes, a banda não perdeu sua essência e continua criando de forma interessante. O último EP deles, Complicit, é muito bom e tem críticas sociais e políticas importantes para o contexto atual.
No ano que vem, a banda capitaneada por Andy Gill lançará o seu nono álbum de estúdio e a expectativa em torno de HAPPY NOW só aumenta.
# O Rap nacional é foda!
Desde os nomes já consagrados como Emicida, Criolo ou Mano Brown, passando por Negra Li, Rincon Sapiência, Karol Conka, Drik Barbosa, KL Jay, Rashid, Djonga, BK, Diomedes Chinaski, NILL, Makalister, FBC, Rodrigo Zin… a safra 2018 do rap nacional rendeu materiais bem interessantes.
Talvez o grande destaque do gênero – e um dos destaques do ano no geral – acaba sendo mesmo o baiano Baco Exu do Blues e o seu álbum Bluesman, mas todos os demais nomes citados aqui – e outros que estão por aí – mostram que o rap segue tendo muito a nos dizer e ensinar com suas batidas viciantes e rimas marcantes.
# Pabllo Vittar não para não!
Um pop radiofônico da melhor qualidade: foi assim que muita gente definiu o segundo álbum de Pabblo Vittar, Não Para Não.
Assim como em Vai Passar Mal (2017), Pabblo aposta na mistura de ritmos brasileiros com o pop e o resultado é maravilhoso. Mostrando a sua evolução, o novo registro conta com uma produção refinada das faixas e também nos seus trabalhos visuais, o que pode ser visto nos clipes lançados ao longo do ano.
Não Para Não serve para consolidar Pabblo dentro do mercado e mostrar que ela é capaz de produzir hits de qualidade. E isso é muito bom!
# Taylor Swift, Ed Sheeran e as suas turnês lucrativas
Para fechar a nossa lista, nós vamos falar de números, faturamento e dinheiro na conta e dois nomes que entendem bem do assunto em questão são Taylor Swift e Ed Sheeran.
Na esteira de seus trabalhos lançados em 2017 – Reputation e ÷, respectivamente -, a dupla acumulou cifras expressivas ao longo de 2018 com as suas turnês. O músico britânico fechou o ano com quase 5 milhões de ingressos vendidos e um faturamento de 432 milhões de dólares. Já Taylor teve um faturamento de US$ 345 milhões em bilheteria, registrando 2,8 milhões de ingressos vendidos. O que isso significa? Que a dupla lidera o ranking de turnês mais lucrativas do ano, segundo dados revelados pela Pollstar.
Os dois movimentaram juntos quase 800 milhões de dólares só com as suas turnês e, se a gente pensar que eles ainda possuem ganhos com vendas de merchandising, álbuns físicos, contratos de publicidade, streamings e que a Taylor assinou um contrato de pelo menos US$ 100 milhões com a Republic Records este ano, os dois seriam capazes de comprar um país só para eles.
A nossa calculadora até parou de funcionar por aqui!
Quer ver mais destaques de 2018 para o Audiograma? Dê uma olhada nas demais listas presentes em nosso #LISTÃO2018 através de nosso site.