Inteiro Metade, novo álbum do Tagua Tagua, já está entre nós!
Saindo oficialmente nesta sexta-feira (16), o novo trabalho do produtor Felipe Puperi conta com nove faixas e, mesclando timbres eletrônicos e orgânicos, apresenta uma faceta mais madura do artista, que até o momento contava com dois EPs na discografia: Tombamento Inevitável (2017) e Pedaço Vivo (2018).
Lançado pela Natura Musical / Costa Futuro, o álbum já está disponível nas plataformas de streaming e aborda toda a ressignificação de sentimentos. “É um disco sobre o processo de encontrar novos espaços pras mesmas pessoas dentro da vida. Ser inteiro num dia e metade noutro. É a caminhada da transformação, da aceitação dessa mudança dentro de nós. Nesse percurso, aparecem os mais variados sentimentos: euforia, alegria, gratidão, saudade, tristeza, luto. Morre uma relação pra nascer outra”, resume o artista, também responsável pela produção musical.
Aprovado pela Natura Musical através da Lei de Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, Inteiro Metade tem toda a sua identidade visual assinada por João Lauro Fonte, que foi o responsável pela capa do álbum, dos singles e também produziu os lyric-vídeos de “Inteiro Metade”, “Mesmo Lugar”, “4am” e “Só Pra Ver”.
Além do lançamento no Brasil, Tagua Tagua está apostando em diferentes territórios e levará o seu novo álbum para a Europa e os Estados Unidos. Na Europa, a parceria é com o selo Costa Futuro, enquanto no mercado estadunidense a atuação será de forma independente.
Veja abaixo o faixa a faixa de Inteiro Metade:
Mesmo Lugar: “Foi a primeira a ser composta quando imaginei ter um álbum completo, pois flerta com o Soul, gênero que eu gosto bastante. Isso é bem notável na levada da bateria e também nas frases de sopros”, conta Felipe. A letra retrata o primeiro momento do reencontro de uma pessoa com ela mesma, depois de um longo período dividindo a vida com alguém. É o início do processo de ressignificação, a soma de mil sentimentos: euforia, tristeza, prazer, alegria, medo e solidão.
Só Pra Ver: “Só Pra Ver é a faixa que escolhi como música de trabalho do disco”, revela. A música trata com irreverência, tanto no arranjo quanto na letra, as dificuldades de se desvencilhar da outra pessoa. “Você tenta, vai longe, e sempre acaba voltando nela, nem que seja apenas na imaginação. Essa canção também tem algo Soul, o que faz com que o álbum comece com uma identidade definida”, aponta o produtor.
4am: Com levadas orgânicas, mas baseadas em beats eletrônicos, a música dá vazão à um estado mais etéreo. Ela passeia com os sintetizadores e piano elétrico por um grande sonho que, com poucos elementos, traduz o sentimento da letra no arranjo.
2016: “Eu apenas regravei algumas coisas e fiz pequenas modificações no arranjo pra casar com o disco. Escolhi essa faixa para essa sequência, pois faria sentido no disco entrar esse momento nostálgico de reflexão. É uma balada, que traz uma certa melancolia e tristeza na aceitação de ressignificar a outra pessoa”.
Bolha: “Bolha é uma música que já tocávamos nos shows e sempre imaginei no disco”, conta. Com a pegada Soul, que predomina em vários momentos do álbum, naipe de metais e solos de sintetizador, a canção é uma auto análise bem pessoal. É o momento de olhar pra si e se perceber no mundo.
Até Cair: Considerada a canção mais séria do disco, Até Cair quase não tem guitarra, é toda baseada em sintetizadores e no beat.
Inteiro Metade: “essa música representa bem o sentimento do álbum todo. Como o disco é quase uma linha do tempo dos momentos e reflexões desse processo, ela acaba sendo o ponto de intersecção entre a linha da saudade (na melancolia da letra) e a linha da aceitação (no arranjo fluido, leve, que indica o progresso). A música, de certa forma, exalta que não tem como passar por isso sem ser inteiro num dia e metade no outro”, reflete Felipe.
Sopro: Como o título da música diz, é um fragmento de sentimento. “Gosto muito dessa canção, pois ela é totalmente experimental, tem apenas uma frase que diz tudo o que tinha que ser dito. Já é uma preparação para o novo que está por vir, é a aceitação, é a vontade, é tudo que eu nunca tinha feito antes nesse projeto também. Toda música é baseada em samples que criei no estúdio”, lembra o artista.
Do Mundo: É a canção mais melancólica de todas e simboliza a fase final de todo esse processo bonito: Vem, me abraça e me envolve nos teus sinais, que agora eu sou o mundo, que agora eu sou o mundo, que agora eu sou do mundo.