Desde a última segunda-feira (25), o mundo vem acompanhando toda a revolta da população norte-americana após a morte de George Floyd em Minneapolis, causada por um policial.
Após a divulgação de um vídeo chocante que comprova toda a violência, uma onda de protestos tomou conta do país com a população tomando as ruas para criticar o abuso policial consistente contra a população negra. Entre eles, diversas personalidades se juntaram aos eventos em diversas cidades.
Nomes como Halsey, Fiona Apple, J Cole, Machine Gun Kelly, Lauren Jauregui, Shawn Mendes, Camila Cabello, Lil Yachty, Nick Cannon, Jamie Foxx, Tinashe, Swae Lee e Lana Del Rey foram alguns dos que foram as ruas nos últimos dias, com alguns se colocando na linha de frente e até entrando em confronto com a polícia.
Foi o caso de Halsey que, durante o último domingo, compartilhou imagens de um protesto em Los Angeles. Além de fotos e pequenos vídeos nos stories do Instagram, a cantora realizou uma live onde mostrou alguns momentos tensos durante a manifestação. Ariana Grande, Yungblud e Kali Uchis também participaram de protestos na cidade.
Atores, nomes do esporte e outras personalidades também foram vistas nas ruas dos Estados Unidos em meio aos protestos. Espalhados pelo país, nomes como John Cusack, Emily Ratajkowski, Paris Jackson, Anna Kendrick, Sophia Bush e Justine Syke fizeram parte dos protestos.
A onda de protestos também é forte nas redes sociais, onde diversos nomes se posicionaram através da hashtag #BlackLivesMatter. Nomes como Rihanna, Lady Gaga, Beyoncé e Viola Davis foram alguns dos que se manifestaram, apontando a forma como a população relativiza a morte de negros no país. “Isso que significa ser negro na América. Tentou. Condenado. Morto por ser negro. Somos ditados por centenas de anos de políticas que restringiram nossa existência e ainda precisam continuar enfrentando linchamentos modernos”, afirmou a atriz. “A América nunca será ótima até que possamos descobrir uma maneira de trabalhar para TODOS”, completou Viola. “Não podemos mais aceitar mortes sem sentido, pessoas negras sendo tratadas como se suas vidas valessem menos. Não podemos, já vimos vezes demais essas mortes sem consequências”, declarou Beyoncé.
Taylor Swift também usou as redes sociais para se posicionar e ainda questionou uma fala do presidente Donald Trump. “Depois de alimentar à supremacia branca e o racismo durante todo seu mandato, você tem a coragem de fingir a superioridade moral antes de ameaçar violência? ‘Quando o saque começa o tiroteio começa’??? Nós vamos tirar você em novembro”, declarou a cantora.
Já Lana Del Rey se envolveu em – mais uma – polêmica nas redes sociais. A cantora publicou fotos do protesto em que participou e, pouco depois, divulgou vídeos de manifestantes saqueando lojas, algo que corrobora com a narrativa de Trump – que tem classificado os atos como terrorismo. Após críticas pesadas nos comentários, inclusive de outros artistas, a cantora acabou deletando a publicação.
George Floyd, um homem afro-americano de 46 anos, havia sido preso pela polícia em Minneapolis, nos Estados Unidos, após uma acusação de ter entregue uma nota falsa de US$20 em um mercado da cidade. A BBC publicou um relato que explica tudo o que teria acontecido durante a denúncia, abordagem, prisão e morte, ocorrida no último dia 25 de maio.
Na manhã do dia seguinte, um vídeo com um registro chocante começou a correr o mundo. Nele, o policial Derek Chauvin aparece ajoelhado no pescoço de George por quase nove minutos. Nesse tempo, Floyd afirma diversas vezes que não consegue respirar até que fica desacordado. Só após outro policial verificar que o homem já não tinha mais pulso, é que o policial decide retirar o joelho de seu pescoço.
A partir do momento em que o vídeo começou a circular, a população se revoltou e resolveu tomar as ruas, ignorando o período de isolamento social. Uma delegacia em Minneapolis chegou a ser totalmente incendiada. Foram diversos confrontos com a polícia por todo o país, com o movimento ganhando mais força com o passar dos dias.