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Abronca denuncia violência contra população periférica no clipe de “174”

O duo de rap Abronca foca seus versos em uma pesada releitura de “174”, faixa que fala sobre a evolução da violência.

My e Jay abordam diferentes facetas do conflito urbano, seja casos extremamente pessoais envolvendo familiares até casos de comoção nacional, como o ainda não solucionado assassinato da vereadora Marielle Franco e o sequestro do ônibus que inspirou o nome da canção.

“A música foi composta pelo meu pai. Ele é um cantor e compositor conhecido aqui no morro como Tadi que, entre alguns sons que compôs, nos presenteou com essa no começo da nossa carreira, há uns 7 anos atrás. Sempre cantamos ela nos nossos shows e ela é ainda é tão atual”, revela My. “Foi baseada no caso 174, mas ela aborda todos os tipos de injustiça que acontecem na sociedade e com os moradores de periferia! Agora com tantos acontecimentos que vem marcando o país e o estado, queremos gritar pro mundo esse som e ser voz de muitos que não podem se expressar”, afirma a rapper.

No ano passado, “174” ganhou uma nova força dentro do repertório ao se tornar um destaque na performance das artistas no Rock in Rio. “É um protesto sobre o acontecimento da tragédia do 174, porém ele se encaixa com várias outras tragédias, como o assassinato da Marielle Franco, como o assassinato do meu tio William, e o assassinato de todas as crianças inocentes mortas pela violência no Brasil. Não podemos nos calar diante de toda essa violência, então a nossa música é como se fosse um soco na cara em muitos que se fingem de cegos”, pontua Jay.

Unindo cenas de arquivo com imagens fortes, o clipe propõe uma reflexão sobre as origens dos problemas sociais no país e suas principais vítimas, que em geral são pessoas negras. A direção ficou nas mãos do turco naturalizado inglês Taylan Mutaf.

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