O nosso redator Thomaz Victor está de volta! Depois de compartilhar conosco sua lembrança com uma canção da Avril Lavigne, ele revela como foi que uma música do Rush ficou marcada em sua memória.
Quem nunca teve um amor virtual que me atire a primeira pedra. Grande parte dos meus relacionamentos aconteceram via internet. Alguns não tiveram o fim que desejei e outros tiveram um final bem conturbado. O que vou relatar hoje não terminou do jeito que eu gostaria, mas ele pode ter, de algum jeito, me tornado uma pessoa melhor.
Lembro-me que era muito novo quando conheci essa garota. Um pré-adolescente na verdade, e vocês sabem que os “jovens” dessa idade costumam não pensar nas consequências de seus atos. (Até hoje eu não penso nessa tal consequência.)
Conheci essa garota por meio de alguns amigos em comum. Uma colega me falou sobre ela e acabei me interessando e querendo saber quem era ela. Agora não me lembro o ano, mas lembro que nessa época o Orkut era febre, e foi por lá que tudo começou…
Como de praxe, já ‘adc’ ela e deixei um scrap pedindo o MSN (isso soa bem peculiar para aquela época. aliás, saudades eternas Orkut, enfim). Lembro que nesse tempo estava estudando no período da manhã, – e já tinha problemas sérios com a matemática, como citei no post passado – e ela à tarde, se não me falha a memória.
Depois de algumas horas ou dias, não me lembro, ela já tinha me ‘add’, e logo começamos a nos conhecer. Conversamos muito, muito mesmo! Eu passava o final de semana todo assentado na frente do computador conversando com ela. O bate papo tinha direito até a webcam.
Lembro que ela era e ainda é fanática por Di Ferrero e NX Zero. Naquela época, pelo menos em São Paulo, quase todas as meninas – pré-adolescentes – gostavam dessas bandas como o NX Zero, Fresno, Cine, Restart etc. Aquela geração de óculos new wave, bem espirituosa e colorida.
Eu era muito apaixonado por ela, não sei se ela sentia isso com a mesma intensidade, mas me identificava muito com ela, em nossas conversas compartilhávamos muitas coisas, tinha uma troca de informações muito boa, e de olhares também quando a webcam estava ligada.
Acho que tínhamos tudo para dar certo, mas o final dessa história é muito decepcionante, pelo menos para mim. Aconteceu que essa tal garota acabou ficando com o meu “melhor amigo”. Foi duro tentar entender o porquê de isso acontecer. Depois deste dia, nunca mais a procurei. Talvez esse não tivesse sido o desfecho que eu e ela gostaríamos, não sei, mas foi melhor assim, por uma série de motivos futuros também.
Me recordo desta época com muita saudade e alegria.
E o porquê de Rush? Porque a mãe dela é fã! Agora, imagine ter uma sogra que ama a mesma banda que você!? Seria demais!
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=dMSFqXGZ5TQ[/youtube]
Vale lembrar que essa coluna é coletiva e teremos a participação de toda a nossa equipe. O mais importante ainda: O espaço está aberto para todos os leitores compartilharem suas histórias. Curtiu? Mande sua história para contato@audiograma.com.br com seu nome e lugar aonde reside ou, se preferir, pode deixar aquela mensagem privada lá em nossa página no Facebook, fechado?
Para ver os posts anteriores, clique aqui.
