No ano de 2023, o lendário Roger Waters, co-fundador do Pink Floyd, presenteou o Brasil com uma série de shows que não foram apenas eventos musicais, mas uma intensa jornada de reflexão sobre o estado atual do nosso mundo. Os shows são fruto da turnê de despedida “This Is Not a Drill”, que vem arrastando multidões pelo mundo.
Roger Waters, conhecido não apenas por sua majestade musical, mas também por suas posturas políticas e sociais, trouxe aos palcos brasileiros uma performance que vai além do som. O show é, antes de tudo, uma provocação, um olhar crítico sobre o quão doente está nosso mundo e como líderes mundiais seguem caminhos contrários ao da paz.
Uma Mensagem de Paz em Meio ao Caos
Em meio ao caos mundial que enfrentamos, o espetáculo se torna uma mensagem de incentivo à paz. Waters não apenas denuncia os males que assolam a humanidade, mas também lança um grito de socorro para mudanças e reflexões. É uma clara lembrança de que os erros do passado continuam a se repetir no presente, apontando tendenciosamente para um futuro sombrio se não agirmos agora.
Viajando pelos Sucessos do Pink Floyd e Contando sua História
Ao longo do show, Waters leva a plateia a uma viagem pelos sucessos atemporais do Pink Floyd, entrelaçando a música com uma narrativa que conta a história da banda. É uma experiência que vai além do entretenimento, sendo uma verdadeira aula de história musical.
Música como Reflexão Política Universal
A mensagem política do show não se limita ao passado, mas explode de maneira surpreendentemente atual. O espetáculo provoca reflexões que transcendem os longos solos e acordes, questionando como músicas com mais de 30 anos ainda podem ser tão relevantes nos dias de hoje.
Um Ato Político e uma Megaprodução Intensa
O show de Waters não é apenas um ato político, mas também uma megaprodução que não dispensa as tradições características de seus espetáculos. Megaprodução, intervalos estratégicos, e diversas formas de interação com o público fazem parte do espetáculo, que inclui discursos de paz, amor e incentivo à mudança e conscientização.
O Toque Pessoal do Redator e uma Reflexão Final
Ao recordar minha primeira experiência ao ver Roger Waters, percebo como o tempo e suas performances moldaram minhas convicções. O show é como um daqueles livros, séries ou filmes que sentimos a necessidade de revisitar de tempos em tempos. Assistir ao espetáculo em diferentes fases da minha vida foi como entender que, de alguma forma, sempre estive no caminho certo.
Sim, a matéria pode parecer um tanto sem esperança em alguns momentos, mas é importante lembrar que o futuro pode ser brilhante, dependendo das escolhas que fazemos. Nas palavras de Waters, “faça amor, não faça guerra”. O show é mais do que música; é uma chamada para a ação, uma oportunidade para cada um de nós moldar o futuro que desejamos ver.
https://twitter.com/rogerwaters/status/1723436182728577041
SETLIST: Roger Waters – This Is Not a Drill Tour in São Paulo (11/11 – 12/11)
- Comfortably Numb
- The Happiest Days of Our Lives
- Another Brick in the Wall, Part 2
- Another Brick in the Wall, Part 3
- The Powers That Be
- The Bravery of Being Out of Range
- The Bar
- Have a Cigar
- Wish You Were Here
- Shine On You Crazy Diamond (Parts VI-IX)
- Sheep
- In the Flesh
- Run Like Hell
- Déjà Vu
- Déjà Vu (Reprise)
- Is This the Life We Really Want?
- Money
- Us and Them
- Any Colour You Like
- Brain Damage
- Eclipse
- Two Suns in the Sunset
- The Bar (Reprise)
- Outside the Wall