Como foi feito o nosso #LISTÃO2022?

Um pouco da lista... e um pouco sobre o site.

Por John Pereira

"Em todos esses anos nessa indústria vital, esse foi o primeiro ano em que o Audiograma flertou abertamente com o seu fim."

Foi exatamente assim que eu iniciei um texto final no listão do ano passado e, analisando tudo o que ocorreu ao longo de 2022, é justo repensar essa frase. Se no ano passado foi o primeiro ano, neste ano isso quase se tornou realidade. E não é tão difícil de perceber pela queda drástica de publicações e produção de conteúdo no site ou redes sociais.

O ano de 2022 foi o ano em que menos conteúdos foram publicados. Consigo cravar isso sem sequer abrir o painel do site para confirmar. Pela primeira vez desde 2014, essa análise de fim de ano correu sérios riscos de não ir ao ar. Aos 116 minutos da prorrogação, tal qual como um gol salvador (ou destruidor para quem o leva), veio a vontade de colocar isso no ar. Talvez seja a sensação de que fazer o #LISTÃO2022 possa ser uma forma de espantar a má fase e recolocar o site nos trilhos. Ou só manter a única tradição do site ainda de pé. A partir daí foi uma corrida contra o tempo para produzir e reunir as listas, organizar a lista principal, separar as músicas e, tal qual o clipe de "Thriller", rever o AudioCast sair sei lá de onde com três episódios fresquinhos atrelados ao nosso fim de ano.

Ainda que a gente tenha tentado, o #LISTÃO2022 diz muito mais do gosto pessoal dos envolvidos do que, necessariamente, uma análise completa de toda a cena musical. Tal qual o pênalti do Marquinhos na trave, muitos de nós só caíram na real e perceberam tudo o que se passou enquanto produzia a sua lista oficial. Muitos álbuns foram lançados e eu só fiquei sabendo enquanto passava o olho pelo Album Of The Year. Muits artistas que eu gosto lançaram trabalhos que eu sequer consegui ouvir. Talvez isso vire uma pauta para o ano que vem, não sei. Uma lista de álbuns que eu deveria ter ouvido e deixei passar. Fica aí a possibilidade.

Voltando ao #LISTÃO2022, seguimos com o nosso formato mais simples: uma lista geral com 50 álbuns, acompanhada de listas individuais de cada um dos colaboradores que participou. É um formato reduzido, mas que traduz muito do que e a pluralidade do Audiograma enquanto veículo.

Ainda que a gente possa estar iludido, 2023 carrega uma esperança de que bons ventos irão soprar por aqui. Quem sabe ele não ns leva de volta para os trilhos? Assim como nos anos anteriores, espero que você se divirta com essa lista - mesmo que o seu artista favorito não esteja presente ou apareça em uma posição que você julgue inadequada - e pense nela mais como um guia para entender o que a gente andou ouvindo ao longo do ano.

Para encerrar, usarei a mesma frase do ano passado: "A gente se vê. Nem que seja para uma despedida!"

Como a lista foi definida?

Cada colaborador que particiou do #LISTÃO2022 produziu uma lista com os seus dez álbuns preferidos do ano. Cada álbum recebeu uma pontuação e, a partir disso, foi montado o nosso TOP 50.

Em cada TOP 10 individual, o 1º colocado recebeu 100 pontos, o 2º recebeu 90, o 3º ficou com 80 e assim se seguiu até o 10º colocado, que recebeu 10 pontos. Com a pontuação somada, chegamos ao ranking final.

Critérios de desempate:

  1. A melhor colocação nas listas.
  2. A quantidade de citações nas listas individuais.

Persistindo o empate após os critérios acima, foi levado em conta a data de lançamento do álbum, com o mais antigo sendo citado primeiro.

Listão nos anos anteriores:

2021
2020
2019
2018
2017
2016
2015
2014