ÁLBUNS NACIONAIS Veja a nossa lista com os 30 melhores álbuns nacionais de 2014.

Entre nomes consolidados e outros que estão em busca de um lugar ao sol, 2014 foi um ano que rendeu uma boa lista de CDs e EPs de artistas brasileiros. Seja cantando em português ou inglês, seja rock, folk ou pop chiclete, todos os gêneros e línguas se misturam nesta lista que te oferece o material que, segundo a equipe do Audiograma, é o que de melhor foi lançado em 2014.

No entanto, cabem aqui algumas citações honrosas para discos que, de acordo com os critérios, acabaram ficando de fora. Por isso, citamos ótimos discos como o Não Pare Pra Pensar (Pato Fu), De Lá Não Ando Só (Transmissor), Holger (Holger), Cantigas de Roda (Raimundos), Inoxidável (Aliados) e Telemática (China), entre ouros discos que foram lembrados mas acabaram não ~fazendo o requisito.

Dito isso, vamos a lista...

15) NU, do Forfun

Tem de tudo um pouco e um pouco de tudo no álbum lançado neste ano pelo Forfun. Desde o tradicional reggae e hardcore da banda, até a mesclas com miami bass e funk. As letras também seguem por diferentes rumos, falando de amor, família e, também, problemas sociais. É muita coisa para um disco só, mas os cariocas deram conta do recado. Destaque para "Mariá", "Muitos Amigos" e "Previsão do Tempo".

14) CORES E VALORES, do Racionais MC's

Doze anos após o seu último álbum, o Racionais MC's lançou Cores & Valores, disco responsável pelo transporte de um dos grupos mais influentes de hip hop do Brasil para uma sonoridade mais atual, carregada de elementos eletrônicos, trip hop e uma mistura digna de rappers como Kanye West e Chance The Rapper. O resultado assusta os fãs tradicionais, mas mostra que o grupo acompanha a evolução do hip hop e consegue transitar entre o passado e presente de forma bem positiva.

13) 8, de Marjorie Estiano

Foram sete anos dedicados a carreira de atriz mas, antes tarde do que nunca, Marjorie Estiano volta ao cenário musical com 8. Lançado de forma independente, o disco conta com a produção de André Aquinom e apresenta uma sonoridade bem diferente do que Marjorie fazia anteriormente. Com direito a variação de estilos, 8 conta com participações de Gilberto Gil e Mart’nália e ainda tem uma regravação de “Ta-Hi”, da Carmem Miranda.

12) ENCARNADO, de Juçara Marçal

São mais de 20 anos de carreira, mas só agora Juçara Marçal se rendeu a um disco solo. Com a intensidade de sempre, a vocalista do Metá Metá oferece um álbum de rara beleza e intensidade. Destaque para as faixas "Cirada do Aborto" e "Não Tenha Ódio no Verão". Para ser sincero, destaque para o disco todo.

11) SETEVIDAS, de Pitty

Depois de alguns anos, os fãs puderam enfim comemorar. Pitty voltou ao seu meio característico com SETEVIDAS. Depois de se dedicar ao Agridoce, a cantora baiana voltou a traduzir os seus sentimentos e desejos no bom e velho rock n' roll com o qual ficou conhecida lá pelo início dos anos 2000. Músicas como "Deixa Ela Entrar", "Lado de Lá" e "A Massa" são bons registros de um álbum que, certamente, é o mais maduro e denso de sua carreira.

10) POLICROMO, do 5 a Seco

Policromo confirma a expectativa criada dois anos antes. Produzido por Alê Siqueira, o disco faz uma mescla de todos os elementos característicos da MPB com uma roupagem mais atual, algo que funcionaria como uma "releitura de composições próprias", se esse termo existisse. Faixas como "Vem e Vai", "O Sonho" e "Festa de Rua" são pontos altos de um disco uniforme e bonito, que vai de Djavan a Chico César num piscar de olhos.

09) DIVERSOFICANDO, de Rael

Rael soltou em novembro um EP com cinco faixas inéditas e mantém a receita utilizada em seu álbum anterior, Ainda bem que segui as batidas do meu coração: A mistura de rap, MPB, Samba e Reggae. O EP não mostra inovação, mas mostra uma clara evolução. Tem mais swing, tem uma produção ainda mais limpa, tem ótimas letras. Pena que são só cinco músicas (sete, se contar as versões acústicas de "Envolvidão" e "Ser Feliz").

08) MY BRAZILIAN VOODOO, do Fusile

A mistura de ska e bom humor já é tradicional no cenário musical e os mineiros do Fusile não fugiram da regra em seu segundo álbum, My Brazilian Voodoo. Dançante e empolgante, o disco se tornou facilmente um dos vícios do ano. Destaque para as faixas "Boom Boom Boom", "Mardita Cachaça" e "Hasta La Revolucion".

07) MODEHUMAN, do Far From Alaska

Não seria ousadia dizer que o Far From Alaska soltou um dos discos mais incríveis do ano. Lançado em maio, modeHuman vai do post-hardcore ao pop, passando pelo hard rock e sludge de uma forma própria. O disco oferece uma coleção de riffs sensacionais, aliados a um ótimo vocal da Emmilly Barreto. É uma das grandes revelações do ano, graças a faixas como "Dino vs Dino", "Another Round" e "Thievery".

06) SOL-TE, do Suricato

O que dizer desse CD da banda que veio de um reality que a gente já ama pacas? É tão bom ouvir folk com elementos tipicamente brasileiros que, logo de cara, Sol-Te é totalmente capaz de conquistar. Um CD leve de ouvir e muito bem feito, que deixa no ar um futuro promissor para esse grupo carioca. O destaque fica para as faixas "Trem", "Not Yesterday" e "Eu Não Amo Todo Dia", para citar algumas.

05) NAÇÃO ZUMBI, de Nação Zumbi

Com uma sonoridade mais leve e menos enigmática, a Nação Zumbi colocou um ponto final na espera de 7 anos por um álbum de inéditas. Com o sucessor de Fome de Tudo, a banda deixou um pouco de lado a sua veia regional e apostou em algo mais amplo para ampliar ainda mais o alcance das letras de Du Peixe ou das guitarras de Lúcio Maia. Maduro, íntimo e visceral. É a NZ do começo ao fim, como contamos bem aqui.

04) ALEXANDRE, do Mombojó

Muito mais maduro e conceitual, Alexandre é o retrato do crescimento musical do Mombojó, ainda que resgate elementos de seu primeiro álbum, Nadadenovo. Com participações de Pupillo e Dengue (Nação Zumbi), Céu e Laetitia Sadier (Stereolab), o disco parece "recolocar" a banda nos trilhos. Destaque para as faixas "Me Encantei por Rosário" e "Dance".

03) CONVOQUE SEU BUDA, do Criolo

Criolo pegou todo mundo de surpresa ao soltar seu novo álbum de estúdio, Convoque Seu Buda. A primeira surpresa é não ter um hit como "Não Existe Amor em SP", mas a melhor delas é ver como o rapper não precisou de um megahit para construir um álbum tão bom. Essa mescla de hip hop com MPB funciona, vide faixas como "Cartão de Visita", que tem participação de Tulipa Ruiz, "Fermento Pra Massa" e a já conhecia "Duas de Cinco"

02) NHEENGATU, do Titãs

O bom e velho Titãs está de volta. Nheengatu é o melhor disco lançado pela banda nos últimos 15 anos e tem aquilo que o Titãs sabe fazer de melhor: Arranjos objetivos, letras que abordam o momento atual vivido no Brasil e muita qualidade. Talvez o disco tenha para essa geração uma contribuição igual ao Cabeça Dinossauro teve quando foi lançado. Sem firulas, o Titãs mostrou como sobreviver nessa selva de pedras que é o rock nacional.

01) BANDA DO MAR, da Banda do Mar

Um disco cheio de músicas para cantar junto, assobiar e ouvir sem parar. Essa foi a fórmula encontrada por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira para fundar a Banda do Mar e lançar o seu primeiro disco. Homônimo, o material foi lançado em setembro e conta com belas músicas como "Mais Ninguém", "Hey Nana", "Muitos Chocolates" e "Dia Clarear". Vale (e muito) o play e, não atoa, fica no topo desta lista!

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